Arte de Panmela Castro retirada de <http://benditabf.com.br/2015/08/11/arte-feminista-na-rua-grafiteiras-empoderando-mulheres/>
Acorda 5 da manhã, faz o café
Tão cansada que nem se da conta que já está de pé
Abre a carteira, e percebe que ali não tem nem o dinheiro pra feira.
Dor passageira, por um minuto,
pois sabe que ainda tem que trabalhar muito .
Não ha tempo pra dor, sofrimento ou rancor.
Ela ainda vai ralar muito doutor
São já 6 filhos.
E ela nem sabe como vai alimentar seus meninos.
Então levanta a cabeça , põe o café sobre a mesa.
E luta, pra dar outra vida pra sua filha, Vanessa.
O que acontece?
Ela ja nem sabe!
Só o peito abre,
e deixa fluir todo amor que em seu coração cabe.
Sobrou saudades,
do sonho de menina de ter uma casa de verdade.
Daquele amor que não a faria maldade.
Sobrou só sonhos, de poder mudar a realidade.
Ela, dentre outras mulheres,
é a heroína da vida real,
que é tratada apenas como algo banal.
Ela é mais uma heroína da favela,
que toma coragem pra passar nas vielas,
que roubaram seu sonho de cinderela.
Ela esta em cada uma de nós,
ela é nossas mães, nossas avós.
Ela é donzela,
mas simplesmente é tratada como plebeia.
Mas não vacila, pois sabe que é rainha!
Nem que seja apenas da farinha.
E faz de tudo pra vencer na vida.
De tudo literalmente, lava, passa , cozinha...
Ela é uma deusa, nem que seja apenas de cereja.
Que deixou cair, quando viu o pai de seus filhos fugir.
Mas levantou, e continua na lida.
Hoje luta pra encontrar uma saída.
Ela é mais uma mulher que assumiu sozinha
a responsabilidade que cuidar de uma família requer.
*Dedico esse poema à minha avó e minha mãe , e especialmente à Maria Lúcia mãe de minha amiga Kathleen, e a todas as mães que dedicam suas vidas à suas crias.
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