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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

EI MAINHA

Arte de Panmela Castro retirada de <http://benditabf.com.br/2015/08/11/arte-feminista-na-rua-grafiteiras-empoderando-mulheres/>


Acorda 5 da manhã, faz o café
Tão cansada que nem se da conta que já está de pé
Abre a carteira, e percebe que ali não tem nem o dinheiro pra feira.

Dor passageira, por um minuto, 
pois sabe que ainda tem que trabalhar muito .
Não ha tempo pra dor, sofrimento ou rancor.
Ela ainda vai ralar muito doutor

São já 6 filhos.
E ela nem sabe como vai alimentar seus meninos.

Então levanta a cabeça , põe o café sobre a mesa.
E luta, pra dar outra vida pra sua filha, Vanessa.

O que acontece? 
Ela ja nem sabe! 
Só o peito abre, 
e deixa fluir todo amor que em seu coração cabe.

Sobrou saudades, 
do sonho de menina de ter uma casa de verdade.
Daquele amor que não a faria maldade.

Sobrou só sonhos, de poder mudar a realidade.
Ela, dentre outras mulheres, 
é a heroína da vida real,
que é tratada apenas como algo banal.

Ela é mais uma heroína da favela, 
que toma coragem pra passar nas vielas, 
que roubaram seu sonho de cinderela.

Ela esta em cada uma de nós, 
ela é nossas mães, nossas avós.
Ela é donzela, 
mas simplesmente é tratada como plebeia.

Mas não vacila, pois sabe que é rainha! 
Nem que seja apenas da farinha.
E faz de tudo pra vencer na vida.
De tudo literalmente, lava, passa , cozinha...

Ela é uma deusa, nem que seja apenas de cereja.
Que deixou cair, quando viu o pai de seus filhos fugir.
Mas levantou, e continua na lida.
Hoje luta pra encontrar uma saída.

Ela é mais uma mulher que assumiu sozinha 
a responsabilidade que cuidar de uma família requer.



*Dedico esse poema à minha avó e minha mãe , e especialmente à Maria Lúcia mãe de minha amiga Kathleen, e a todas as mães que dedicam suas vidas à suas crias. 


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